"Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto" Caio F. Abreu
domingo, 31 de julho de 2011
Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido novo, tirou as pedras da minha mão. Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final.
sábado, 30 de julho de 2011
Felicidade clandestina...
A felicidade bateu à porta de todos. Deu sinal de vida na história dos abatidos e dos animados, dos depressivos e dos sorridentes, dos que representam e dos que vivem sem maquiagem. Sussurrando aos ouvidos do coração, ela disse baixinho: “Hei! Não estou no mundo em que você está, mas no mundo que você é!”. Confusos, gritamos: “O quê? Fale mais alto!”. Como a voz de uma suave brisa ela delicadamente balbuciou: “Não me procure no imenso espaço nem nos recantos da terra. Viaje para dentro de você. Eu me escondo nas vielas da sua emoção, no cerne do seu espírito…”
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Ela tivera a sorte de conhecer um super-heroi. Não aqueles que a gente assiste na TV, aqueles que salvam o mundo e leva a mocinha para um jantar romântico a luz de velas.
Era um cara como todos os outros, aos olhos leigos de quem não sabia o que procurar.
Era alguém incrivelmente interessante aos olhos cheios de emoções e cores da menina fascinada por aquele mundo novo.
Eles trocaram ideias, falavam sobre sonhos e magia. Ela adorava o mundo que eles estavam criando. Um mundo só deles, onde o infinito era apenas o começo.
A hora de dizer adeus, não era o término do dia. Eles se encontravam em sonhos e viviam algo mais intenso.
No mundo onde se encontravam as palavras não eram necessárias. Os olhares e sorrisos eram o suficiente.
Ao se encontrarem pela manhã, tudo que acontecera na noite anterior ficava guardado na lembrança do super-heroi e da menina, e nenhum dizia o que sentia ao lembrar do sonho. Não era necessário, o fato de estarem ali, dispensava qualquer palavra.
domingo, 24 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
"Você tem um dom" dizia o menino da camisa bonita, colocando fé naquelas palavras, tentando as fazer reais.
Ela nunca acreditou muito nesse "dom". Afinal, "dom" de que?
Aquilo que ele chamava de "dom" era a coisa mais banal do mundo aos olhos dela. Ela trocaria aquele dom por outra noite no sofá de canto. Só para ver aquele olhar grande e bonito, que só ele sabia fazer.
Daria tudo aquilo que ele chamava de "dom", para ter novamente aquele sentimento, aquele brilho... aquela fé.
Mas ela sabia que teria que se contentar com o "dom" que só trazia dúvidas e problemas.
Aquele passado que foi no mínimo interessante, nunca mais voltará.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Minha vontade é que ele me pergunte se quero um pouco de chá gelado e se eu gostaria de ver um dos seus filmes estirada nas grandes almofadas... Eu mais uma vez me pergunto como é mesmo que se faz a coisa mais profunda do mundo com total superficialidade. Como é que se ama sem amor? Como é que se entrega de dentro de uma prisão? Nunca soube.
sábado, 16 de julho de 2011
“Por mais elegante, chique e bem comportada que uma mulher seja, ela vai se descabelar toda por causa de um vagabundo. É, ela vai descer do salto quando tiver ciúmes, vai chorar litros de lágrimas quando brigar com ele, vai dizer palavrões, coisas bizarras, mandá-lo para onde o sol não bate. É assim mesmo. Sempre irá haver uma sofisticada dama que morrerá de amores por um belo vagabundo.”
A dama e o Vagabundo.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comidaTodo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívioPelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comidaTodo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondidaTe alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comidaTodo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
Uma dica pro futuro, pro cupido, pro livro da vida, ou pra quem seja lá que escreve meu destino.
Pode ser pra Fran mesmo.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah , terminei o namoro.
- Nossa , quanto tempo?
- 5 anos.
- Mas não deu certo? Acabou?
- É não deu...
Claro que deu! Deu certo durante 5 anos , só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar 100% de você para você mesmo, como cobrar 100% do outro? E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama . Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel . Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E ás vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. Acho que o beijo é importante. E se o beijo bate, se joga. Senão bate "mais um Martini, por favor", e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra . O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue , não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse.
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar ...
sábado, 9 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Enquanto eles se despediam com falsas palavras de conforto, ele podia ver surgir a frieza em seus olhos. Podia ver que a menina por quem ele fora apaixonado por um certo tempo, já não estava mais ali. A menina que estava em sua frente não se emocionava com aquele adeus e sequer tinha a capacidade de chorar.
Para ele aquilo não era fácil, isso estava claro. Mas para ela parecia ser.
Só parecia.
A menina de fato não chorou, mas sentiu o peso daquele adeus. Sentiu que depois que ela fosse embora, talvez nunca mais sentiria aquilo novamente.
Ela estava ciente do que estava acontecendo, aquela não fora uma decisão tomada por impulso. Ambos sabiam com o que estavam lidando.
Eles sabiam que tinha dado certo, eles se realizaram um no outro.
Mas acabou.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez um dia, anos mais tarde - se a dor diminuísse a um ponto que eu pudesse suportar -, eu fosse capaz de olhar o passado, aqueles poucos meses que sempre seriam os melhores de minha vida. E, se fosse possível que a dor se atenuasse o suficiente para me permitir isso, eu tinha certeza de que me sentiria grata pelo tanto que ele me dera. Fora mais do que eu pedira, mais do que eu merecia. Talvez um dia eu conseguisse ver os fatos desse modo.Mas e se esse buraco jamais melhorasse?
Se as bordas feridas nunca se curassem?
Se os danos fossem permanentes e irreversíveis?
Se os danos fossem permanentes e irreversíveis?
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
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