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sábado, 17 de setembro de 2011



Na verdade não sei bem o que estou sentindo.
Tenho olhando para os cantos das paredes pensando em tudo, mas nada que possa ser definido com palavras.
Lembrar as palavras ditas é um mal necessário, mas que no fundo me traz prazer. As palavras soam tão nítidas e coloridas em minha mente, que me traz de volta o conforto da certeza que não deve existir.
A alienação ultimamente é fácil e de certo modo me tira do tédio das manhãs nubladas, da rotina quase que natural, do mundo que se constrói sob falsas verdades.

domingo, 11 de setembro de 2011

"A humanidade é desumana" - Renato Russo







Hoje é um dia triste. 10 anos depois, ainda sentimos o peso e o horror do atentado de 11 de Setembro de 2000.
O dia em que o mundo parou e todos os olhos estavam apontados para a cidade de Nova York, mas não era um motivo de orgulho. A crueldade humana, a ganancia, a sede pelo poder fez o homem derramar sangue inocente, destruir em segundos o que foi demorado anos para ser construído.
"A humanidade é desumana", já dizia Renato Russo a uns anos atras e vemos o gosto amargo da verdade em suas palavras, todos os dias.
Vidas inocentes são tiradas a custo de um lugar na sociedade, pessoas são cruéis, matam com palavras, ideias, dinheiro.
Até quando?
Até quando veremos guerras na televisão? Até quando vamos fechar os olhos para o mundo? Até quando as crianças estudarão guerras? Até quando a humanidade vai ansiar pelo mal? Até quando a genialidade humana vai ser usada para construir armas? Até quando aviões vão ser usados para destruir nações?
Até quando?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A fênix.


Como o pássaro que renasce das cinzas, a menina estava renascendo dela mesma. A forma como ela via o mundo até ali, estava modificada. Os sentimentos sofreram mutações. E ela sorriu ao olhar para as luzes que tanto quisera ver.
Como uma fênix gloriosa, ela abriu os olhos e viu o mundo ao seu redor. Viu as vidas que se encontravam e se despediam, viu o som dos risos em sinfonia com as palavras que surgiam das conversas sem sentido.
Ela viu o anjo.
- Acorda minha criança, o trem já chegou.

quarta-feira, 27 de julho de 2011


Ela tivera a sorte de conhecer um super-heroi. Não aqueles que a gente assiste na TV, aqueles que salvam o mundo e leva a mocinha para um jantar romântico a luz de velas.
Era um cara como todos os outros, aos olhos leigos de quem não sabia o que procurar.
Era alguém incrivelmente interessante aos olhos cheios de emoções e cores da menina fascinada por aquele mundo novo.
Eles trocaram ideias, falavam sobre sonhos e magia. Ela adorava o mundo que eles estavam criando. Um mundo só deles, onde o infinito era apenas o começo.
A hora de dizer adeus, não era o término do dia. Eles se encontravam em sonhos e viviam algo mais intenso.
No mundo onde se encontravam as palavras não eram necessárias. Os olhares e sorrisos eram o suficiente.
Ao se encontrarem pela manhã, tudo que acontecera na noite anterior ficava guardado na lembrança do super-heroi e da menina, e nenhum dizia o que sentia ao lembrar do sonho. Não era necessário, o fato de estarem ali, dispensava qualquer palavra.

quinta-feira, 21 de julho de 2011


"Você tem um dom" dizia o menino da camisa bonita, colocando fé naquelas palavras, tentando as fazer reais.
Ela nunca acreditou muito nesse "dom". Afinal, "dom" de que?
Aquilo que ele chamava de "dom" era a coisa mais banal do mundo aos olhos dela. Ela trocaria aquele dom por outra noite no sofá de canto. Só para ver aquele olhar grande e bonito, que só ele sabia fazer.
Daria tudo aquilo que ele chamava de "dom", para ter novamente aquele sentimento, aquele brilho... aquela fé.
Mas ela sabia que teria que se contentar com o "dom" que só trazia dúvidas e problemas.
Aquele passado que foi no mínimo interessante, nunca mais voltará.

terça-feira, 5 de julho de 2011


Enquanto eles se despediam com falsas palavras de conforto, ele podia ver surgir a frieza em seus olhos. Podia ver que a menina por quem ele fora apaixonado por um certo tempo, já não estava mais ali. A menina que estava em sua frente não se emocionava com aquele adeus e sequer tinha a capacidade de chorar.
Para ele aquilo não era fácil, isso estava claro. Mas para ela parecia ser.
Só parecia.
A menina de fato não chorou, mas sentiu o peso daquele adeus. Sentiu que depois que ela fosse embora, talvez nunca mais sentiria aquilo novamente.
Ela estava ciente do que estava acontecendo, aquela não fora uma decisão tomada por impulso. Ambos sabiam com o que estavam lidando.
Eles sabiam que tinha dado certo, eles se realizaram um no outro.
Mas acabou.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

' words


A felicidade que ela tivera durante toda a manhã, fora arrancada a força ao anoitecer.
Chorar já não adiantava e ela não tinha mais forças para isso.
Um sonho todo destruído com palavras. Não qualquer palavras; eram as palavras que vinham da amada.
Seria ela merecedora da felicidade? Todos são, mas ela tinha dúvidas disso em relação a si mesma.
Não é trágico como palavras mudam tudo?

domingo, 26 de junho de 2011

"Closer"


Ele chegava perto, eu sentia seu hálito doce e convidativo.
Devo sentir medo, mas de alguma forma eu anseio por ele, pelo seu toque, pelo seu cheiro, por sua voz rouca em meu ouvido.
“Mais perto” eu o ouvi dizer, meu corpo o obedecia sem pensar.
No momento seguinte eu estava em seus braços e tudo o que eu desejei foi que ele não parasse.

quarta-feira, 22 de junho de 2011



Ela não conseguia olhar em seus olhos por temer as palavras que sempre soube que chegariam.
Ao sentar-se perto do fogo da lareira, um ruído saiu de sua garganta, mas nenhuma palavra.
Naquela noite ouviu-se uma musica com ar de despedida, seria o mundo dizendo adeus àqueles dois? "Don't you cry tonight I still love you baby" dizia a musica, mas ela não conseguiria, precisava de algo que demonstrasse o que ela sentia.
Lagrimas eram perfeitas para isso.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

E aquela sensação de que foi um erro, voltara a aparecer.


Ela estava decidida a não mais chorar. Não por isso.
Talvez a menina dos olhos bonitos sempre soube o que aconteceria, talvez só não quisesse aceitar.
"Ele é diferente, mas o fato de pertencer a alguém o torna como os outros" dizia uma amiga, mas aquilo não era exatamente o que ela queria ouvir. Mas então, o que ela queria ouvir? "Eu te amo"? Ele já havia dito.
Talvez nem mesmo ela soubesse o que queria ouvir. Talvez ela só tenha esperado demais do menino de olhos negros.
Ela havia jurado não esperar mais nada de ninguém, não foi? Ele a fez mudar de ideia; mas no fundo foi um erro.

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Ele se sentia culpado, disse que a amava, mas não podia ficar com ela.
-Faça-me um último pedido. - dizia ele com a culpa evidente em sua voz.
- Último? Mas por quê? - ela disse com um misto de medo e espanto.
- Sim, último. Não sei se estarei vivo amanhã.
Depois de muito pensar, decidiu que o pedido não poderia ser gasto com bobagens. E então disse:
- Fique vivo até amanhã, e assim farei-lhe outro pedido.

Ao acordar já terei partido e ficarei de longe escondido, sem que você me veja.


Ela o visitou todas as noites depois daquele encontro, velando seu sono, olhando-o dormir.
Sim, ela não se importava de ficar noites e noites acordada desde que fosse para vê-lo sonhar. Seria ela quem estava em seus sonhos? Ela não tinha certeza.
Ao nascer do sol ela o deixava, mas antes sussurrava em seu ouvido:
- Tenha um bom dia meu amor.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Foi uma noite especial pra gente; foi bom pro coração e alimentou a mente.

Já era tarde, a noite estava fria e chuvosa. Mais chuvosa do que ela vira em meses e mais fria do que nunca. A cada gota de chuva que tocava o chão, uma lágrima escorria pela sua face.
Ela se questionava qual seria o motivo do fim, e ainda, porque houve um começo. Se o menino da camisa bonita e o cabelo desarrumado sabia do fim, porque então houve um começo? Se ela dizia que o amava, porque houve um fim?
Ele dizia ser um crime, ou até mesmo um pecado, aquele amor proibido. Ela sempre soube que foi uma escolha.
Mas apesar de tudo, ela fora feliz. Não fora? Ele pertenceu a ela e mais ninguém. Em uma noite de Junho.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Seria uma grande mentira se eu lhe dissesse que fico feliz por você pertencer a ela e por tudo ter ficado bem entre vocês. Seria egoísmo meu desejo de fazer-te meu? Eu tenho esse direito?
Já disse que está "tudo bem", que "eu vou ficar bem", mas eu já não vejo a verdade em minhas palavras. Já não faz sentido eu te falar coisas que nem mesmo acredito.

quarta-feira, 11 de maio de 2011



Depois daquela carta rasgada, nenhuma outra foi escrita.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace.




E quando eu disser "tudo bem, vai passar", me abrace. Por favor só me abrace. Não me pergunte nada. É nesse momento que eu estou tentando me convencer que vai passar.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Sabe, eu sinto mesmo sua falta...


"...Sinto falta das nossas conversas, dos nossos segredos, confissões. Sinto falta de como nós nos entendíamos, de como era fácil falar contigo. Sinto falta além de tudo, de ser sua amiga. Mas talvez, seja melhor assim, não é mesmo? Talvez seja mais seguro para nós dois não nos enfeitiçarmos um com o feitiço do outro. Poderíamos até pensar com a razão, tomar decisões com consciência. Seria perfeito, se não houvesse um porém: Só o fato de nos falarmos, ouvirmos a respiração um do outro, acontece a magia. De repente todas aquelas magoas, aquelas decepções somem. 
Ah, as decepções! Não te culpo por nenhuma delas. Os maiores culpados pelas decepções somos nós mesmos, por idealizarmos as pessoas como queríamos que elas fossem. Imaginamos que essas pessoas vão suprir nossas necessidades. Mas elas são apenas seres humanos que erram, aprendem e erram novamente. Não importa o quanto você faça, você sempre se magoará. Já faz tanto tempo desde a última vez que eu me magoei com alguém. Se você não espera que o trêm passe, não se frustrará quando ele não o fizer."