quarta-feira, 29 de setembro de 2010

But I'm just a fucked-up girl who's lookin' for my own peace of mind..


Incertos são nossos amores, e por isso é tão importante sentir-se bem,
mesmo estando só.

O tempo passou e você não veio. E eu nunca disse que eu sentaria e esperaria por você. Talvez, se eu tivesse dito, você até teria vindo.

E eu nunca disse que com você foi diferente. Talvez, se eu tivesse dito, você até teria vindo.

E eu nunca disse que eu te amava, mas também nunca disse que eu não te amava. Talvez, se eu tivesse dito, você até teria vindo.

E eu nunca disse que por você eu era capaz de tudo, de deixar meio mundo e seguir ao teu lado. Talvez, se eu tivesse dito, você até teria vindo.

Porque, pensando bem, você também nunca disse nada que me acalmasse, me confortasse ou me desse um fio de esperança qualquer. Talvez, se você tivesse dito, eu até teria ido, talvez...

Por tudo que se calou, por este que te amou, talvez eu tenha até dito, tudo isso e muito mais, e você é que nunca tenha me ouvido. Bobagem tentar mudar. Agora, é seguir em frente e sonhar, com quem queria escutar. Quando o amor responde em ecos, é melhor deixar de amar!

terça-feira, 28 de setembro de 2010


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hoje meu dia foi divertido, por que será?


Cosme e Damião

Rogai Por Nós

domingo, 26 de setembro de 2010

Por tudo que há de mau no mundo, eu mereço o máximo do bom. Sem culpa.


"Porque você não vem logo e não acaba com esse nosso orgulho tão masoquista e tão vilão desse nosso romance ? Vem e diz que me quer , eu digo que te quero. Você me beija , eu te beijo.E ficamos assim : a sós dessas nossas atitudes chatas e cansativas,e completos um com o outro .Sem que a escuridão do lado de fora diminua a luz do que sentimos . Que agente só lembre do futuro quando chegarmos lá , e enquanto isso vamos escrevendo o nosso presente com os nossos recadinhos secretos e brincando de trocar olhares . (..) Se estiver por perto, vem , me diz oi .. e eu peço pra você entrar e fazer a nossa madrugada ser eterna. "

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Senhoras e Senhores

"Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados. Olhem para este arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada."

"Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser ao conjunto teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus."

quinta-feira, 23 de setembro de 2010






Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.”

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Eu sabia! Eu sabia!

Eu desejo de coração...


"...Que aconteça alguma coisa bem bonita com você..."
Vou fugir. Vou desistir. Não sei ficar nas mãos de alguém. Sou estranha mesmo, nunca escondi. Quando você achar que estou feliz, estarei me magoando aos poucos. A verdade é que eu não sei ser feliz. E sou orgulhosa e teimosa e impaciente demais para aprender. Eu só sei viver amores que não dão certo. Se você soubesse o que as palavras significam para mim. Pra mim é tudo muito grave. Sou uma desesperada. O que você diz brincando, ou que acha que eu nem prestei atenção, é justamente o que eu nunca vou esquecer. Minha sensibilidade e minha memória são meus piores castigos. Eu sempre vou querer mais. Meu amor é como uma raiz estrangulante. Minha carência não tem fim. Você sabe que eu odeio domingos, e eu odeio me sentir sozinha, principalmente quando o céu já está dessa cor. Dói, e dói muito. Você chega invadindo minha solidão, entrando na minha vida, fazendo eu acreditar que o amor é bom. Mas vai embora enquanto o que eu mais queria era que você ficasse. Você vai embora e me deixa com fome, com sede, incompleta, confusa, despedaçada. Com raiva por ser dependente. Não gosto de me sentir assim. Eu não sei amar, entende? Eu sei é ficar esperando um amor que nunca chega. Não sei o que fazer com um amor real que vem, bagunça meus ordenado caos conhecido, e vai embora. Tenho vergonha de dizer que preciso de ti. Me despedi com um sorriso casual, como se não estivesse me importando. Mas virei as costas já com raiva de mim mesma, porque sei que meu amor é doentio. E tenho de escondê-lo como se fosse um vício, um defeito grave, um distúrbio alimentar. Se eu não tivesse conseguido me conter, teria me ajoelhado na tua frente, agarrado tuas pernas e entre lágrimas e soluços, teria dito "fica, fica. Fica comigo, por favor não vai embora agora, que tenho medo de ficar sozinha, porque quando fico sozinha num entardecer nublado e frio de domingo tenho vontade de desistir de tudo. Fica agora, eu estou pedindo. Só vai embora quando esse aperto no meu peito passar." Mas eu não disse, e você foi embora achando que eu fiquei bem. Você disse que tem medo de me perder. E você vai me perder. Porque eu não vou deixar você me conhecer direito. Porque não quero te mostrar a imensa cratera que trago aqui dentro. Que nem você nem ninguém vão conseguir preencher. Não sei amar, mas te amo. Mas sinto como se teu amor não me bastasse. A tua falta me faz mal. E entre pouco e nada, fico com aquilo que não dói tanto. Mas espera! Volta. Adivinha meus pensamentos destrutivos e volta. Me impede de desisitir. Vem e me sufoca com o teu amor, e não me deixa morrer assim, aos poucos, tão sozinha, nessa noite de domingo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

"que a saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar..."


Mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar... tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo, e choro sempre quando os dias terminam porque sei que não nos procuraremos pelas noites, quando o meu perigo aumenta, e sem me conter te assaltaria feito um vampiro faminto para te sangrar enquanto meus dentes penetrando nas veias de tua garganta arrancassem do fundo essa vida que me negas delicadamente, de cada vez que me procuras e me tomas, contudo me enveneno mais quando não vens e ninguém então me sabe parado feito velho num resto de sol de agosto, escurecido pela tua ausência(...)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Às vezes, a única coisa que nos resta é abraçar o outro, e então... Dizer adeus."


Queria dizer que este Blog será desativado nos próximos dias.

 A que tamanho chega a ferida? o corte que você fez e não voltou para soprar. a que tamanho chega o rasgo deixado sem curativo? aberto. abandonado. quanto ainda cresce um buraco que já foi milimétrico? um pequeno traço. a que tamanho chega uma ferida regada todos os dias? cultivada por alguém como se fosse flor”

domingo, 19 de setembro de 2010


Desejo dizer-lhe as palavras mais profundas, mas não me atrevo, porque temo sua gozação. Por isso acho graça de mim mesmo e transformo em brincadeira meu segredo. (Por isso não te procuro)
Desejo dizer-lhe as palavras mais sinceras, mas não me atrevo, porque temo que não acredite. Por isso as disfarço de mentiras e digo o contrário do que penso.

sábado, 18 de setembro de 2010

Isso tem de parar, ou não sobreviverei.



"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido.
Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."


Hoje tem festinha a Fantasia! êêêêê

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Aquele dia eu tive medo. De verdade, de cair.
Eu despenquei no meio dos fatos porque as pernas cediam já havia um tempo. Já passavam algumas fases que a minha crença ia indo, fundindo com os atos, as conseqüências, as faltas de medida. Desmedido estava o pavor em mim, de ver você daquele jeito, bem na minha frente.
Não era falta de compreensão. Eu juro que queria entender. Havia anos que a minha vida, pra mim, era simples, líquida, transcorrente pelos meus dedos.
Ok. Não no sentido de simplicidade, não neste. Mas, pelo menos, eu sempre soube que as confusões, misturas, sensações, tumultos, revoltas, amores, bagunças, enfim, tudo existia ali por um porquê, por um - ou vários - motivos que eu mesma criei de um jeito ou de outro, agora, ontem ou depois. Por mais que estivesse difícil, eu sempre tinha estado no controle. Era eu, meu egocentrismo, o meu lado narcizo e a minha coragem de estampar, pro mundo, os meus medos.
As nuvens andaram tortas e se confundiram de estação. O céu resolveu escurecer em cima das nossas cabeças mostrando que egoísmo, agora, não ia ajudar muito, não ia resolver o problema, os problemas, os lapsos de sanidade que existem nas vidas das pessoas todas. Nós fazemos parte, ao menos disso.
Eu ria, mas tremelicava toda por dentro. Eu queria chorar até alagar todas as burradas pra afundar o que foi e ser a partir dalí. Não dava. Latejava estranho por todas as partes do meu corpo os pecados que eu não cometi. Os joelhos continuavam ralados e sangrando, aquele sangue que não era meu, nem dele, mas seu. E ele precisava jorrar. E o céu já não era mais azul, era vermelho como no filme onde nada se via, de luz apagada pra sempre. Como se num minuto tivessem roubado todas as nossas certezas e só uma permanecesse. Eu continuava lutando por ele, de mãos fechadas, dentes cerrados e olhos entre abertos.
A gente não podia exergar tudo porque era a incerteza do muito que confortava de certa forma. Era o medo de um futuro errado que empurrava pra frente. Eu precisava caminhar. Certas ruas ficaram estreitas, algumas estrelas perderam o brilho. A minha música preferida já não dizia muitas coisas porque o meu conceito de amor mudou, e muito.
E eu já não quero brilhos. Percebi, só agora, que a luminosidade me cansa. É na penumbra que os medos se descobrem, se roçam e se encaixam. É na sede de querer se salvar que a gente bebe o outro, gelado ou quente, tanto faz. As sombras, que não têm feição mas sim formato, me mostraram que eu errei tanto quanto você.
Vou deitar quente no seu peito até o dia chegar, mas aí eu vou fechar as cortinas e ficar. Só mais um pouco, eu juro.
E você vai fugir de você, porque assim há de ser. Mas eu, vou estar aqui, no escurinho da sua única certeza, te esperando com o amor que eu nunca duvidei poder te dar.

Feche a porta.

Vou escrever saudade num tijolo, e tacar na sua cabeça, pra vc ver como dói!




Tudo dói, e eu já nem sei mais para onde ir nem o que fazer, se ao menos - você me amasse um pouco, não estaria aqui e agora. neste bar. sozinho. longe de você e de mim.

Ainda se eu tivesse tomado um Whisky, não teria amanhecido de ressaca. Humpf.
Agradeço mais uma vez minhas amigas querida pela companhia,
mais eu não quero mais voltar para SBC.  ok??
Tem muito buteco bom aqui em Sampa =P
(não desmerecendo o bar do Gilson, que é um lugar muito agradável)



quinta-feira, 16 de setembro de 2010


"Já fui feliz de muitas formas.  E naturalmente infeliz de outras tantas.
Mas, agora, não sei, suspeito, talvez esteja sendo feliz de uma forma surpreendente"...









Não tire fotografia das coisas que precisam ser esquecidas

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eu me arrebentei, assim, porque o nó era fraco. frouxo. mal dado. eu afundei, em segundos, porque no meu casco havia um buraco milimétrico por onde o mar entrou aos poucos. inteiro. eu caí com o primeiro vento porque não havia tijolos. eu era construção mal feita. erguida na pressa. madeira com pregos mal batidos. fachada. eu derreti ao sol porque era de plástico. sumi no sopro porque era pó. eu me quebrei na primeira queda porque, por dentro, não havia mais nada. eu me sentia forte, sem saber que já era oco.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


“[...] Ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.”


Foi ele quem envenenou sua bebida.Duas gotas misturadas a dois dedos de vinho no fundo do copo.Foi ele quem te quis assim,encolhida sobre o tapete,sentindo o frio entrar por debaixo da porta.Foi ele.Ele quem cortou seus pulsos,antes de ir embora vendo o sangue manchar seu vestido e escorrer até os espaços entre as madeiras no chão.Foi ele quem tirou sua comida.Levou sua água.Fechou as cortinas pra que ficasse escuro.Sem luz.Foi ele quem te quis assim,quase morta. Mas você é teimosa. Você não apodrece.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Acho que o fato de ser só é inevitável, independe de fatos externos.

 Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

sábado, 11 de setembro de 2010


A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Talvez um dia eu seja uma pessoa mais equilibrada. Dessas que não se abalam tanto com os problemas. Que sabem administrar com inteligência a maioria das situações. Mas, por enquanto, confesso que não consigo. Basta uma coisa dar errado para estragar todas as outras. Um desequilíbrio literal. Imagino meu humor como uma pilha de latas em um corredor de supermercado. Estão todas lá: umas em cima das outras. Organizadas. Alinhadas. Aí vem uma criança teimosa e tira uma das latas de baixo. A do meio! E, em dois segundos, está tudo no chão. Era impossível que continuassem de pé sem aquela lata.
Ando meio triste. Uma criança teimosa passou por aqui um dia desses e levou o que queria. Tirou uma lata e foi embora. Sei que vou ficar bem. No fim, as coisas sempre se ajeitam. Mas dá um trabalho organizar tudo de novo! Ter de pegar lata por lata e empilhar outra vez... Uma a uma. Bem devagar. Até achar o tal do equilíbrio.
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Na infância bastava sol lá fora e o resto se resolvia
Bastava sol lá fora e o resto se resolvia

“Toda noite de insônia eu penso em te escrever, pra dizer que teu silêncio me agride.”Engenheiros do Hawaii



Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Porque eu te juro, de todas as coisas do mundo, eu só queria olhar pra você. Eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Paguem o preço que for, não abro mão de nada do que quero para mim. Não abro mão de nada que possibilite a mais breve e minuscula chance de felicidade, de qualquer coisa que me soe a chance de um novo amor chegar. Não me fecho. Me abro “como um brilhante que partindo a luz, explode em sete cores, revelando então os sete mil amores, que eu guardei somente pra te dar...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Livra-me dos poços e becos de mim.



Acho corajoso, bonito, forte. Principalmente quando você solta o emocional.
Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele... Guardei a minha no bolso.
E fui.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

 Não só em relação a ele, mas a muitas outras coisas, quero que daqui pra frente a vida seja hoje. A vida não é adiável."
Eu aqui tenho ido um pouco aos trancos. As vezes duvido um pouco do acerto das opções que foram sendo feitas nos últimos anos, quando me dou por conta nesta cidade quase sempre árida, sem nenhum amor, sem paz. Um ceticismo, umas durezas que não tinha antes.
Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas.
Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
Estavam ambos naquela faixa intermediária em que ficou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das outras.
Pensando melhor, continuavam sem saber, fazia muitos anos, se a realidade seria mesmo meio mágica ou apenas levemente paranóica, dependendo da disposição de cada um para escarafunchar a ferida.
Amanhã é dia de nascer de novo. Para outra morte. Hoje é dia de esperar que o verde deste quase fim de inverno aqueça os parques gelados, as ruas vazias, as mentes exaustas de bad trips. Hoje é dia de não tentar compreender absolutamente nada, não lançar âncoras para o futuro.
mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. [...] E se ela se afogar, se recupera"

domingo, 5 de setembro de 2010


"Um som quase inaudível, como só pode ser o de umas lágrimas que vão deslizando
lentamente até às comissuras da boca e aí se somem para recomeçarem o ciclo eterno das inexplicáveis dores e alegrias humanas."

Apesar da ressaca com gosto de várias doses de  Ballantine's 21 Anos,
 a noite de ontem foi muito divertida. 
Alias, finais de semana na companhia das  minhas queridas amigas 
são sempre mágicos (L)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça.
Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer? Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente.
Hoje eu saí de casa tão feliz, que nem me lembrei que em algumas horas a tristeza bate, me sacode e me faz sentir dores que eu não imaginava que continuavam ali.
Fico pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a única, e vai me magoar sempre.Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010


Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço. Disse um certo pai Ogum.

Sobre Setembro..

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


"Nós tínhamos uma coisa que chamo de 'identificazzione di una donna'.Era uma aproximação de alma que rolava comigo, com você (...) pessoas sensíveis, que têm uma alma parecida. As coisas que a gente escolhia para enxergar nesse mundo eram parecidas.Apontávamos para os mesmos lugares..."