Em um lugar familiar, com pouca luzes e somente dois sons, encarou-o procurando verdades que sabia que jamais encontraria naqueles olhos frios. Soltou um grunhido de desespero, havia um animal feroz rasgando seu peito e saindo sem pedir licença. Houve resposta, o animal tinha um par que saía rasgando o peito do ilusionista de olhos frios com força igual .
Arriscou chegar mais perto e como se não houvesse mais ninguém por perto, os animais se juntaram numa dança inteiramente selvagem e desconhecida por aqueles humanos descrentes. E quando cansaram, simplesmente deitaram-se exaustos, apoiando suas forças no outro ser.
Naquela noite ouvia-se apenas dois sons: a respiração ofegante e a batida selvagem de um coração inquieto.
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