segunda-feira, 4 de julho de 2011


Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez um dia, anos mais tarde - se a dor diminuísse a um ponto que eu pudesse suportar -, eu fosse capaz de olhar o passado, aqueles poucos meses que sempre seriam os melhores de minha vida. E, se fosse possível que a dor se atenuasse o suficiente para me permitir isso, eu tinha certeza de que me sentiria grata pelo tanto que ele me dera. Fora mais do que eu pedira, mais do que eu merecia. Talvez um dia eu conseguisse ver os fatos desse modo.Mas e se esse buraco jamais melhorasse?
Se as bordas feridas nunca se curassem?
Se os danos fossem permanentes e irreversíveis?

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