quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quanta insanidade!




Cantarolava baixinho com um sorriso bobo no rosto, imaginando o futuro, fantasiando o presente...
"Como é que se tira um sorriso bobo do rosto Zé? Fica assim mesmo? Com essa esperança no olhar e o pensamento voando louco por aí?"
Ria sozinha e sentia arrepios ao pensar em amor e vir o nome daquele pequeno ilustrar tal sentimento, as vezes pensava em como seria estar mais perto. Fechou os olhos e desejou ser real, quando abriu estava em outro cenário. Era um lugar conhecido, com luzes escuras e alguns bancos, tinha cortinas e ela pensou que era ali onde as pessoas se revelavam.
Ele estava bem perto e ela podia encostar os lábios em seu pescoço quente, sentia o sangue correr embaixo da pele clara e aveludada que ele tinha. Seu coração batia forte, ela queria se controlar mas tudo estava tão encaixado. Ela estava ofegante, o seu corpo começava a agir de modo involuntário, era quente, rápido... Quanta insanidade!
Olhava-o com ternura e desejo, gostava do seu modo engraçado de ver as coisas e desejava poder desbravar cada parte dele. Estava segura que ele não a olharia, então continuou a contemplá-lo com tamanho afeto que mal continha dentro dela.
Ele a olhou e por um segundo pôde perceber o quanto ela o desejava, sorriu com o que aquilo o fez sentir, ficou corado, todas as partes de seu corpo estavam acesas, como se houvessem levado um choque, elas estavam em alerta. Uma corrente de arrepio passou por sua espinha, ele estava deslumbrado com o desejo daquela pequena. O que mais poderia acontecer?
Ela abriu os olhos.
"O amor foi longe Zé, foi lá no México" - e continuou a cantarolar uma de suas canções preferidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário