terça-feira, 27 de abril de 2010

Ela devia ter segurado a mão dele com toda força, enquanto ainda havia tempo. Na verdade, tempo ainda há... ainda se tem uma vida inteira. Mas às vezes, parece que o tempo venceu e parou, que nem relógio estragado, que o ponteiro não sai mais do lugar.
Em compensação, força ela ainda tem aos montes. Que de vez enquando dorme, escapole, foge... Aí quando é assim, quem precisa fugir é ela...
Da bagunça, da cobrança, do caos, do desespero, da agonia, do amontoado de vida e de pessoas. Só pra repousar num cantinho qualquer, onde a vida é tão tranquila quanto um dia era. Onde a vida é desastre e calmaria, onde tem colo pra guardar o coração.
Lá, tempo ruim é chuva e trovoadas. E só. Tem espaço pra muita cor, pra renascer, pra pensar, pra esquecer e lembrar... Onde tudo parece se reafirmar com a total força do universo inteiro! Onde ainda dá pra sonhar os sonhos mais absurdos... onde ainda há espaço pros sonhos dela.

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