Eu sinto sua falta, desde muito e muito tempo. Um tempo quase que interminável.
Ao olhar as folhas rasgadas do meu caderno percebi que todas elas tinham seu nome no cantinho e bem pequeno, com um coraçãozinho pintado à caneta vermelha.
Também olhei aquela gaveta que eu separei pra você colocar suas camisas, ainda está disponível e esperando que alguém a ocupe. Ah, e tem aquele canto do guarda roupa que costumávamos dizer que seria seu quando morássemos juntos, lembra? Sim, ainda estão vazios.
Desde sua partida não tive a coragem de deixar ninguém ocupar o espaço que te pertence em mim. Parece meio bobo, mas não acho que alguém o fará tão bem quanto você fez.
As vezes gosto de olhar pela janela e lembrar das coisas fascinantes que dissemos e das suas risadas baixas no canto da sala toda vez que eu tentava explicar algo que não fazia sentido pra ninguém, a não ser para mim. Gosto de lembrar de quando ligávamos o som bem baixo, deixávamos todas as janelas abertas para o sol entrar e ficávamos lendo livros juntos.
Tenho andado por aí nos lugares onde passamos a maior parte dos nossos fins de semana, e ainda posso sentir o nosso cheiro invadindo o ambiente e todos olhando o nosso jeito de rir e conversar somente por olhar em publico.
Quando sentir falta disso tudo, apareça. Quem sabe não começamos tudo outra vez, ou até mesmo, continuamos de onde estava.
Tenho andado por aí nos lugares onde passamos a maior parte dos nossos fins de semana, e ainda posso sentir o nosso cheiro invadindo o ambiente e todos olhando o nosso jeito de rir e conversar somente por olhar em publico.
Quando sentir falta disso tudo, apareça. Quem sabe não começamos tudo outra vez, ou até mesmo, continuamos de onde estava.