sábado, 25 de agosto de 2012


Não havia mais nada, e por um segundo, nenhum coração batia, nem mesmo o dela. Nada mais existia. As luzes estavam apagadas, o espetáculo já havia acabado e ninguém recebeu aplausos. Uma luz acendeu-se novamente e o espetáculo reiniciou-se. Todas as cordas que a ligavam ao mundo real estavam presas a um só ponto agora.

Um corpo quase celeste estava diante de seus olhos, era a coisa mais brilhante que já havia encontrado. O olhar fascinado de desejo e curiosidade da moça era evidente. Como não querer chegar mais perto? Ele era encantador.
Seu corpo movia-se com vontade própria, e antes de perceber, estava parada diante dele sem nada dizer. A sensação era como a de voltar a respirar depois de alguns longos segundos imóvel. Rápido, desesperado. Não foi nada parecido com qualquer coisa que ela já tivesse sentido.
"Criança, respondi sua ultima carta, mas resolvi vir trazer." - ele disse com um sorriso amplo que mostrava todos os seus dentes perfeitamente brancos.
Um sorriso apertado e o suspiro de alívio deixou claro que ele estava no lugar certo.


Elize Parenko, encontrando as luzes.

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